Solitude, darkness and love


"I don't wanna admit, but we're not gonna fit"

domingo, 19 de dezembro de 2010

Cordeiro


Love

Love

And blood

blood of love

rain in me

And save me

from myself



The pain

The pain

in me

Destroy me



Come on

The streets

So ugly

And so beautiful

Beautiful, air



What am i, if i can't feel?















~






Black Cherry, and your pain, baby.

Foto: Eric de True Blood.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

I'm not done

Então, eu perdi minha cabeça há um tempo
Mas parece que você não fez muito diferente

Nós colocamos fogo na neve
Isso não acabou, eu não estou pronta

Alguns fazem mágica
E outros machucam
Eu estou me segurando, me segurando
Eu estou me segurando numa palha

Quem é o Alfa?
O que é feito de tecido?
Como você diz que sente muito e não há nada
para temer?

Já escureceu?
Como a luz é uma luz?
Você ri enquanto grita?
Está frio lá fora?

Uma coisa eu sei por certo
Eu tenho certeza
Que isso não terminou

Eu não estou pronta.














~













Fever Ray

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Férias


As férias de hoje
As férias em ócio
As férias em alegorias
de pequenos pedaços de calor
e dor-de-cabeça

As férias de amanhã
As férias em Manaus.




~



Andrew Oliveira *-*
Desculpem as postagens sem graça, estou sem tempo, e o poemeto já diz o porquê =)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

EveryDay is a Holiday




Eu o conheci no domingo
E na terça à tarde já o amava
Acordei na sexta-feira
Mudei a minha vida toda para abrir um espaço
Lá pelas 01:45
Tinha decorado todas as minhas falas
Eu vou dizer: "quando penso em você
Você é como minha música favorita
E essa melodia, essa melodia que eu amo "
E assim vai

La da da da da da da da da

Peguei um metrô
E fiz o meu caminho para casa
Mas eu não posso tirá-lo da minha mente
Não importa o quanto eu tente
E se os rumores são verdadeiros
Então eu posso ansiar por
Alguns melhores dias e fugas
Tão bom, porque quando estou com você
Você é o crescendo daquela melodia
Daquela melodia que eu amo
Yeah, yeah, yeah

Nós vamos ter melhores dias e fugas
Porque todo dia é um feriado com você
Melhores dias e fugas
Porque todo dia é um feriado com você

Você tem que me deixar saber
Eu tenho que ter certeza
Não me deixe de fora sem saber
Eu tenho que ter certeza
La la la la la la la la ...

Quando eu penso em você
Eu vejo melhores dias e fugas
Porque todo dia é um feriado com você

Yeah, yeah, yeah...






~





Esthero

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

6 Motivos para você passar as férias no Rio

Estava eu, lindamente navegando pelo site do não-salvo, que é simplesmente hilário, e me deparei com essas fotos muito bem escolhidas pelo dono do site. Assim, organizei pra vocês, meus leitores imaginários, seis motivos para passar as férias no maravilhoso Rio de Janeiro, que são respectivamente:

A hospitalidade






Diversão para as crianças








Muita mulher bonita





Uma vida pacata



A Fé em qualquer lugar





E por último, o doce patriotismo e a honra brasileira =)
~
Tentador, não? :)
Postagem feita com amor, do titio Black Cherry
(Ladrões em Brasília? Imagina.... são os favelados mesmo \o/ muáhahahaha)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Metal Heart


Perdendo a estrela sem um céu
Perdendo as razões do porquê
Você está perdendo a chamada que esteve fingindo
E não estou brincando

Está condenado se você não fizer e condenado se você fizer
Seja verdadeiro, porque eles te trancarão num zoológico bem triste
Oh esconda esconda o que está tentando provar
Por esconder você não vale nada

Costure sua fortuna numa corda
E a segure na luz
Fumaça azul vai fazer
Um vôo bem violento
E você será mudado
Tudo areia
E você estará num zoológico muito triste.

Uma vez estive perdida mas agora sei que estive cega
Mas agora te vejo
Que egoísmo seu acreditar no significado de todos os pesadelos

Coração de metal, você não está escondendo
Coração de metal, você não tem valor

Coração de metal, você não está escondendo
Coração de metal, você não tem valor.



~





Cat Power

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sem exageros


E agora, não há nada mais belo

Mais possível do que os sonhos que você

Estendeu no varal da nossa solidão

Perto do quintal de ócio

Um cercadinho de esperança



E hoje, hoje posso ver melhor

E além disso consigo tocar

E sou capaz até de desenhá-lo num quadro

Seu doce horizonte

Açúcarado amanhecer, meu amor



Amanhã não me importa

Isso não me importa mais

Não é insegurança, tampouco ilusão

É maior, muito maior do que você possa imaginar

Isso é o que você nunca será



Me ame, me odeie

Me culpe, me perdoe

Eu não farei nada que te impeça

E nada que te machuque

Porque às vezes eu só penso em mim

Então não me segure



Não julgue meus atos

Por ontem, nem por amanhã

Suas centelhas de paixão

Suas faíscas machucando seus cílios

Nada disso conseguirá me deter



Eu vou pular por entre as colinas

Cortar árvores com as mãos

Queimar um império inteiro

E vou rir

Porque tudo não passa de uma grande piada sem graça

E você é o palhaço que eu mais amo



Talvez não te ame tanto assim

Talvez te ame demais

e por demais nesse espectro infinito

de possibilidades e desejos

Eu posso parar

Mas não que eu não queira continuar

Só que eu também me sinto cansado às vezes



Cansado de ter que repetir na minha mente

Revirando minhas entranhas

e dizendo, gritando, re-afirmando

Nunca mais meu coração sofrerá por isso

Nem por ninguém

Nem por uma única parcela de esperança



Minhas esperanças foram pisoteadas por um jardineiro invejoso

Minhas alegrias foram esquecidas num porta-retrato qualquer

E todas as vezes

que eu olhar pra você,

e quando eu olhar pra você,

Não.



~




Black Cherry

Arrogância


Pegue a liberdade
E a envolva
Coloque-a dentro de um pote
Ou dentro de você
E me envolva

Tire, rasgue suas roupas
Me cegue com seu pano preto
E suas lágrimas de ácido
Me mostra o que você tem pra me dar

Me deixa tirar também
Sua cueca com minha boca
E com minha boca provar seu sexo
Rígido, quente, grosso, grande
E seus pêlos se eriçando
A cada respiração minha

Me liberta agora
Me descubra
Penetra, penetra em mim
Só não penetra na minha alma
Ela é impenetrável

E depois
Quando tudo terminar
não deite ao meu lado
Faça um delicioso café da manhã
E me chame quando estiver pronto

Me chame quando você estiver pronto




~





Black Cherry

Paradise (Not For Me)


Eu não consigo me lembrar
De quando era jovem
Eu não consigo explicar
Se aquilo era errado
Minha vida continua
Mas não é a mesma
Dentro dos teus olhos
Meu rosto permanece

Estou tão bem
Estou tão mal
Subindo aos céus
Descendo ao chão

Eu estava tão cega
Mal conseguia enxergar

Que o teu paraíso
Não é para mim

Tudo em minha volta
Eu não via
Quem são os anjos
Não, eu certamente
Mais uma vez
Me quebrei
Mais uma vez
Não acreditei

Há uma luz
Sobre a minha cabeça
Dentro dos teus olhos
Meu rosto permanece


Dentro dos teus olhos
Meu rosto permanece.




~






Madonna

domingo, 5 de dezembro de 2010

The call


Começou como um sentimento,
Que depois cresceu dentro de uma esperança,
Que se tornou então um pensamento quieto,
Que se tornou então uma palavra quieta
E então essa palavra cresceu mais e mais
Até se tornar um grito de guerra:
Eu voltarei quando você me chamar
Não há necessidade de despedida

Só porque tudo muda
Não significa que nunca foi assim antes
Tudo o que você pode fazer é tentar saber quem seus amigos são,
Enquanto marcha para a guerra

Escolha
no horizonte escuro

Uma estrela
E siga sua luz

Você voltará quando acabar
Não há necessidade de despedida
Agora voltamos ao começo
É apenas um sentimento e ninguém o conhece ainda
Mas apenas porque não conseguem sentir esse sentimento também
Isso não significa que você tem que esquecê-lo
Deixe suas memórias se tornarem mais e mais fortes

Até estarem diante dos seus olhos.




~







Regina Spektor

As filhas de Björk


Bem, aqui estou eu novamente, esperando mais oito dias para enfim viajar e esquecer um pouco os acontecimentos dessa cidade. Viram (oi?) que coloquei várias letras de músicas ontem? Pois é, ultimamente essas várias músicas andam me resumindo bastante, e vou colocar mais e mais neste blog, talvez até todos os dias que dezembro me der. Aliás, esse dezembro está bastante amassado, papel frágil é assim mesmo. Mas talvez eu possa esquecê-lo e pegar um outro dezembro, de um papel mais grosso, mais consistente.

Acho que meu humor está um pouquinho melhor do que há uns dois dias atrás, mas ainda estou magoado por ter tomado medidas drásticas em relação a minha amiga, ex-amiga, nem sei mais o que ela é pra mim, mas enfim, se ela não entendeu, não posso fazer mais nada.

Ah, vocês não fazem ideia da vontade que eu estou consumindo pra ir viajar o quanto antes. No momento em que colocar meus pés no avião nem vou mais lembrar que nasci, cresci e vegetei em Macapá. O mais estranho disso tudo, é que um alien como eu, que tinha tanto lugar nesse mundo pra cair, caiu logo aqui. Por que meu Senhor? Por quê? Bem, não posso me lamentar, gosto de Macapá pelos meus amigos e parcialmente pela minha família. Mas também odeio o calor dos infernos daqui, tudo bem que eu gosto do sol e do dia, mas assim já é exagero...

Bom, o que quero mostrar pra vocês são algumas artistas que estou escutando bastante, e elas são simplesmente maravilhosas, aconselho vocês a escutarem com atenção. Filhas de Björk merecem MUITA atenção. Então aqui vai uma linda e vivaz matéria especial de natal pra vocês (= .

Goldfrapp
Pra quem acha que vai ouvir só mais um grupo com batidinhas eletrônicas, está hediondamente enganado. A voz inconfundível de Alison Goldfrapp e o sintetizador mágico de Will Gregory mostram que vieram pra marcar, e marcaram. Em Goldfrapp há desde influências de cabaré até o pop mais chiclete, claro, esse é um chiclete muito mais gostoso, e seu sabor dura mais. Você pode querer sentir-se insuportavelmente cheio de sex appeal com o inteligente Felt Mountain ou o devasso Black Cherry, sentir-se elétrico e trabalhado no glamour com Supernature, sentir-se bem consigo mesmo numa paz interior e um paganismo suave com Seventh Tree, ou simplesmente retrô, dançante e alegre com a música descompromissada de Head First. As facetas são várias, em Goldfrapp você pode ser o que quiser, baby. E isso com certeza ela aprendeu com a Deusa Björk.
Link para Black Cherry: http://www.4shared.com/file/sj5GMy0g/Goldfrapp_-_black_cherry.htm


Fever Ray

Vale ressaltar que a voz de Karin Dreijer não é pra qualquer um, e não, não estou sendo nada preconceituoso pra quem está acostumado às vozes normais. Karin é brilhante tanto na sua banda homônima The Knife quanto no seu alter-ego Fever Ray. Mas Fever Ray tem algo a mais que The Knife não tem, Fever Ray é muito mais intimista, soturno, e magnífico do que the knife, isso eu garanto. Beats perfeitamente trabalhados costurando obras primas em forma de músicas, notas e pautas musicais que voam, gritam, sussurram, brincam com seus ouvidos e depois se escondem nas portas de sua mente. Fever Ray é a magia em forma de som. E a influência por Björk é clara, tanto no quesito vestuário quanto artístico.


Bat For Lashes

De aparência exótica, um estilo místico e atemporal, uma voz arrebatadora, composições cheias do mais doce ápice poético, Natasha Khan, ou Bat For Lashes, é um prato cheio pra quem gosta de uma boa e bem feita música alternativa. Bat For Lashes pode ser desde a mais suave e melancólica artista com seu Fur & Gold, até a mais explosiva e ininterrupta cantora com Two Suns. Você pode escutá-la com Siren Song em algum episódio de Vampire Diaries, ter lido algo sobre ela em alguma revista indie, ser comparada à Björk no quesito música de qualidade, ou simplesmente pesquisar e baixar seus dois álbuns de estúdio, suas duas facetas misteriosas até agora.

Iamamiwhoami

Ok, apesar de ser ainda um projeto em que nada por enquanto foi revelado, não se pode deixar passar a singela Jonna Lee e sua banda musical oculta. Iamamiwhoami é uma massagem cruelmente êxtasiante com suas músicas nomeadas apenas com letras e números criptografados, e seus videos virais repletos da mais belíssima fotografia. Se Björk não influênciou esse projeto (ou banda [?]), ela com certeza tem dedo enfiado aí. Iamamiwhoami é um momento de paz e serenidade, e ao mesmo tempo um sentimento de agonia, dor e sensações esquecidas em alguma floresta de mandrágoras qualquer...

Link para o video viral "Y":http://www.4shared.com/video/ITj6gTBm/iamamiwhoami_-_y.htm

Marina + The Diamonds

Saiam da frente se não quiserem levar uma nocaute da rebelde Marina Diamandis, porque ela chegou pra fazer todo mundo gritar. Gritar de alegria, de tristeza, de entusiasmo, ansiedade. Marina + The Diamonds é uma verdadeira implosão de sentimentos, uma guerra nuclear de músicas dançantes e calorosas, outras com ataques histéricos de sensações borbulhantes, e outras simplesmente feitas para um dia de chuva. Marina é uma moça cheia de atitude, estilo, dona de uma voz potente e um futuro promissor, e é melhor saírem mesmo da frente dela, e entrar na sua balada neo-indie. O que ela tem haver com a Björk? Seus momentos repentinos de uma voz ora arrastada ora exagerada ora absurdamente forte. Kate Bush também ajudou nessa cria, com certeza ajudou.
Link para The Family Jewels: http://www.multiupload.com/OVHBDT6OIX


Florence + The Machine

Tá, eu já falei muito dela por aqui, mas eu tenho que colocar nesta pequena lista de filhas de Björk, porque as influências são claras. Considerada a nova Björk pela The Sunday Telegraph, comparada com PJ Harvey, o resultado hipotético de um dueto com Kate Bush e Björk, Florence Welch e sua The Machine arrebentam qualquer outra banda indie com sua criatividade e suas composições que estão num patamar muito maior do que qualquer um atualmente, o Florence + The Machine é o futuro da música tanto indie quanto pop, sendo que esta já até se apresentou no VMA desse ano, e ganhou o prêmio de melhor direção de Arte pelo video de Dog Days Are Over. Florence + The Machine é tudo e mais um pouco, não percam sob nenhum pretexto, a ruiva tem A Voz!

Link para Lungs: http://www.4shared.com/file/Zxgcy7jY/Florence_And_The_Machine_-_Lun.htm


Kate Bush

E por último mas não menos importante, eis a outra deusa, Kate Bush. E não, ela não é uma das filhas de Björk, ela é uma das MÃES de Björk, surgindo com seu fabuloso The Kick Inside por volta de 1978. Além de ser mãe de Björk, tem uma quantidade imensa de filhas, tais como PJ Harvey, Tori Amos, e atualmente Marina Diamandis, Florence Welch, e muitas outras. Kate Bush permanece influenciando gerações por ser uma mulher que transformou o sofrimento da sua vida em algo bom, pois é isso que artistas fazem, como diz meu amigo Louie, artistas de verdade são ostras, que absorvem tudo o que não é bom e transformam em uma linda pérola. Kate Bush é performática em seus clipes, cheios de expressão assim como sua música, mesmo que no início de sua carreira, várias gravadoras não a aceitaram por ser esquisita demais, mas ela venceu, sim, ela venceu, e está até hoje, nos seus cinquenta e poucos anos ainda conquistando muita gente por onde quer que passe. Mais de trinta anos de carreira, e um milhão de sentimentos, bons e ruins, aflorando em suas músicas e sendo sugadas por nossos ouvidos, como um beija-flor sugando o mais doce néctar de uma angiosperma, Hounds of Love que o diga...

Link para Hounds Of Love: http://www.mediafire.com/?9257acdhrywsn8c#1

~

Gostaram? Espero que sim, em breve posto mais coisas sobre filhos, netos, entre outras crias dessas cantoras espetaculares pra vocês :)

Black Cherry

sábado, 4 de dezembro de 2010

Fake Plastic Trees


O seu regador verde de plástico
Para sua planta chinesa artifical
Na terra artificial de plástico
Que ela comprou a um homem de borracha
Numa cidade cheia de planos de borracha
Para se livrar de si mesma

Isso a desgasta, isso a desgasta
Ela mora com um homem quebrado
Um homem de polistireno lascado
Que apenas se destrói e se queima
Ele costumava fazer cirurgias
Para garotas nos anos 80
Mas a gravidade sempre vence

Isso o desgasta, isso o desgasta

Ela parece a coisa real
Ela tem o gosto real
Meu amor artifical de plástico
Mas não posso evitar o sentimento
Eu poderia explodir através do teto
Se eu simplesmente me virar e correr

Isso me desgasta, isso me desgasta

Se eu pudesse ser quem você deseja
Se eu pudesse ser quem você deseja o tempo todo

O tempo todo...



~




Thom York

[ Radiohead ]

Broken Harp


Por favor não me repreenda
Para como vazia minha vida ficou
Não sei o que realmente aconteceu
Olhei a sua decepção
Em ser descompreendido

Eu te perdoo
Oh, algo metalizado
Arrancando meu estômago pra fora
Se você pensa mal de mim

Você pode,
Você consegue me desculpar?
Me desculpa
Você pode?
Você consegue me perdoar também?
Também?

Tentei aprender a sua língua
Mas tudo adormeceu
Meio despido

Insensato a mim.





~





PJ Harvey

Eyes On Fire


Eu vou te seguir
Te esfolar vivo
Mais uma palavra e você não sobreviverá
Não estou com medo
Do seu falso poder
Vejo através de ti a qualquer hora


Não vou aliviar sua dor
Não vou acalmar sua tensão

Você vai esperar em vão
Não tenho nada para sua vitória


Estou pegando leve
Alimentando minha chama
Embaralhando as cartas do seu jogo
E bem na hora
No lugar certo
De repente jogarei meu Às


Olhos no fogo
Sua espinha em chamas
Derrubando qualquer inimigo com meu olhar
E na hora certa
No lugar certo
Constantemente emergindo com graça


Ah... Derrubando qualquer inimigo com meu olhar
Ah... Constantemente emergindo com graça...





~






Blue Foundation

Cosmic Love


Uma estrela cadente saiu do seu coração
E desembarcou nos meus olhos
Gritei alto enquanto ela os rasgava
E agora me tornei cega

As estrelas, a lua, todas elas tiveram que explodir
Tu me deixaste na escuridão
Sem alvorecer, sem dia
Ando sempre neste crepúsculo
Na sombra do teu coração


E no escuro, posso ouvir teu coração bater
Tentei encontrar o som
Mas depois ele parou, e eu estava na escuridão
Então, escuridão me tornei


Peguei as estrelas dos nossos olhos, e então fiz um mapa
E sabia que de alguma maneira poderia encontrar meu caminho de volta
Então ouvi teu coração batendo, e tu também estavas na escuridão
E decidi permanecer na escuridão ao teu lado

As estrelas, a lua, todas elas tiveram que explodir
Tu me deixaste no escuro


Não há alvorecer
Não há dia

Permaneço sempre neste crepúsculo

Na sombra do teu coração.





~





Florence Welch
[Florence + The Machine]
~ Em breve Black Cherry também planeja amores cósmicos....

terça-feira, 30 de novembro de 2010

I Love Him


Não me descubra
Eu não sou fácil de se descobrir
Não me abrigue
Nunca terei um teto sólido
O meu é feito de estrelas

Pare de tentar ver
O quanto eu me humilho
Por pensar em você
O quanto eu me escondo
Em escombros de um coração partido

Não respire mais como eu respiro
Não sonhe mais como eu sonho
Você pode ouvir
Em todas as vezes que eu grito?

Me sinto cansado dos seus beijos
Nunca devolvidos a mim
Do seu calor que nunca houve

Das suas promessas esquecida
Que eu costumo contar nos dedos

Mas me prometa uma coisa
Não, não me prometa
Apenas diga, ou permaneça em silêncio
E tudo seria
Tão fácil e leve de se sentir

Me abrace de verdade,

Eu te amo.




~






Andrew Oliveira

Fotografia


Forseti acordou. Não porque ela queria, mas porque tinha que acordar, já fazia três dias que não fora para a escola, e ainda estava tendo acessos de raiva e soluços sem parar. Era uma garota estressada e exausta. Mas ainda conseguiu arrumar a mochila, ou pelo menos tentou. E após acordar tomou um banho e escovou os dentes, pôs um absorvente na mochila e se vestiu. Não com a fúria que estava, tampouco com o vazio entregue por obrigação à ela, se vestiu com a delicadeza que almejava um dia ter, ou com a força que um dia sonhara. Na verdade ela era forte, era uma garota forte e repleta de atitudes que passavam confiança. Só não sabia disso. Não sabia quase nada. E não queria saber. Mesmo se soubesse, colocaria isso onde? No coração é que não, ele já estava pesado demais, carregando uma tonelada ou mais de fortes sensações e pesadelos constantes numa cinza solidão.

Não entenderam? Fortes sensações e pesadelos são mais conhecidos como depressão. Ou simplesmente um estúpido, rude e estabanado vazio. Ah, o vazio era um tédio e uma necessidade, mas não se pode fugir disso. Não se pode fugir do vazio e tentar levantar a cabeça? É claro que não. Pelo menos não por enquanto.

Quando estava prestes a sair de casa, olhou mais uma vez para a estante no seu quarto, e lá estava ele, esperando ser admirado pelos olhos quase sempre marejados de Forseti, esperando ser compreendido, ele também era um vazio, mas ao menos tinha uma fotografia preenchendo-o. Diferente de Forseti, que só tinha um gosto amargo e horrendo e imcompreensível e instável da perda no seu coração de costas largas.

Eu prefiro estar me decompondo numa vala pútrida a ter que aguentar essa maldita fotografia, pensou Forseti. Mas claro que ela não preferia isso, só estava tentando machucar a si mesma. E estava conseguindo.

Um

Dois

Três

E saiu.

E abandonou o sorriso de Frey ao seu lado naquela alegria improvisada. Certo dia numa praia de uma cidadezinha invernal.

~

E claro que ele jamais abandonaria o sorriso de Frey, nem se tentasse. Mas o que mais ele faria quando fosse necessário esquecê-lo e continuar a caminhar? Quer dizer, não que fosse necessário esquecê-lo para seguir em frente. Para seguir em frente basta caminhar. E é tão fácil decorar essas frases de lugar-comum.

Tudo isso não passa de uma baboseira.

Ah, mas talvez nem chegasse ao patamar deplorável em que Hermod estava. Nu numa banheira sem água, sem comer nem tomar banho desde que saíra do enterro de Frey, dois dias engolindo as próprias tripas. Viver não era tão necessário. E por quê? Por que tudo aquilo não poderia acabar de uma vez só? Mas Hermod não se matou, não chegou nem perto disso. Hermod era tão fraco quanto Frey. E o cheiro de velas ainda se impregnava no seu corpo que não exalava o mínimo de odor, era inverno, era sempre inverno por lá, e ele não se mexera desde que entrara naquela banheira. Acostumando-se a dormir por umas duas horas até acordar excitado e chorando, pensando em Frey. No seu cabelo, nos seus olhos, nas suas orelhas frias, na sua nuca próxima ás mechas lisas e negras, nas suas bochechas, na sua boca, no seu nariz, na sua língua. E depois no seu pescoço, nos seus ombros, nos seus sinais pintando a pele quase albina de tão branca, como um dia ensolarado demais. E terminando na sua barriga magra, nas suas costas, no seu sexo, nas suas nádegas, nas suas pernas, nos seus pés,

na sua alma negra e inconstante.

Era disso que ele precisava.

Ele precisava de uma boa trepada. De uma boa cama, de um bom verão, e do amor de Frey. O amor dele era infinito demais para o infinito, incômodo demais para o universo, caloroso demais para o verão inexistente, amado demais para o próprio amor. Hermod ainda ouvia sua voz, seus gemidos, suas canções sussurradas, e ainda via seus sorrisos tímidos, seu suor a percorrer-lhe a face, seus lábios se mordendo, e ainda sentia suas frases incompletas, o seu calor necessitando de outro calor, sua sombra fria e infeliz, tão desgraçada e tão bem escondida que ele só percebeu quando o viu morrendo na banheira de sua casa, e ainda pensava no que ele estaria pensando ou em todos os seus sonhos rasgados por uma lâmina afiada como um anjo negro. E Frey era um anjo de sangue. Fugindo para não se sabe onde. Chorando pelo que não se sabe o quê. Guardando os gritos na sua caixa torácica, ou silenciando seus pulmões para que não notassem que ainda estava vivo. Mas Hermod notara, Hermod notara e sabia.

Ele sempre soube

Chega

Chega de Frey.

Não, não chega, porque ele ainda estava com o cheiro do seu amado nos seus dedos, nos seus lábios, em cada pupila da sua língua, na sua ereção, nos seus sonhos, em cada pêlo da sua pele e em cada póro da sua paixão. Talvez maior do que paixão, do que amor.

Amor e paixão são coisas limitadas.

- No que você está pensando? - Diria Hermod.

- Não posso te contar. - Diria Frey.

- E o que você pode me contar? - Retrocederia Hermod.

- Eu não posso descrever. - Responderia Frey.

E ele o abraçaria, e depois morderia seu pescoço, e depois o beijaria, e o faria gritar. Então, por quê? Tudo isso por nada? Deus estaria brincando com a sua cara? No que ele estava pensando em tirar Frey da sua vida? Mas não foi Deus, não foi ninguém. Frey foi dono da própria vida à ponto de tirá-la. Mas Hermod não se importava se aquilo fosse egoísmo, na verdade nem se foi ou não Deus, tudo aquilo continuava uma droga do mesmo jeito.

Voltou a chorar, chorar como uma criança abandonada ou um cachorro atropelado. A criança? Sempre só. O cachorro? Sempre machucado. Era sempre assim, ele sempre acabava assim, pelado no frio e sem ninguém pra desabafar. Sem nada para fazer, e até ser levado pelas ondas furiosas da sua tristeza. E mesmo depois de tudo aquilo, ele não sabia como começar tampouco como terminar de chorar. Mas nada mais importava, pois ele levantou, magro e com fome, nu e com frio, para perambular pela sua casa no terceiro amanhecer, e lá estava, a fotografia na estante do seu quarto.

Três

Dois

Um

Ele a pegou e a abraçou

Tocou nos seus detalhes, ainda chorando.


- Você está ouvindo, Frey? Você consegue ouvir? Meu coração não pára de bater. Isso é sua culpa. Você deveria pensar mais nele, e em como ele está agora. Tudo isso é culpa sua.


Você consegue ouvir?




~





Andrew Oliveira


Um pequeno epílogo que não está em Hidden Place I, mas aí está (=

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Andrei, Amadeo, ou Armand


" [...]

- Seu cabelo parece feito de âmbar, como se âmbar pudesse derreter e ser tirado de chamas de vela em longos fios etéreos e deixado secar assim para fazer todas essas tranças lustrosas. Você é doce, com cara de menino bonitinho como uma menina. Por um momento, eu gostaria de ter podido ver você vestido de veludo antigo da maneira como você era para ele, para Marius. Gostaria de ter podido te ver por um momento como você ficava de meias e gibão cintado bordado com rubis. Olhe para você, a criança gelada. Meu amor nem sequer o afeta.

Isso não era verdade.

Os lábios dele eram quentes, e senti as presas embaixo, senti a urgência em seus dedos apertando subitamente meu crânio. Esse contato me arrepiou todo, meu corpo se contraiu, depois estremeceu, e a sensação foi mais doce do que seria previsível. Essa intimidade solitária me incomodou, incomodou-me o bastante para transformá-la, ou livrar-me dela completamente. Melhor morrer ou estar longe, no escuro, simples e solitário com lágrimas comuns.

Pelo olhar, achei que ele poderia amar sem dar nada. Não um conhecedor, apenas um bebedor de sangue.

- Você me deixa com fome - sussurrei. - Não de você mas de alguém que esteja condenado e no entanto vivo. Quero caçar. Pare com isso. Por que me toca? Por que tanta delicadeza?

- Todo mundo o quer - disse ele.

- Ah, eu sei. Todo mundo destruiria uma criança culpada e esperta! Todo mundo terá um garoto risonho que sabe onde pisa. Criança é melhor para comer do que mulher, e menina se parece muito com mulher, mas garotinho? Garotinho não é igual a homem, é?

- Não zombe de mim. Quis dizer que queria apenas tocar você, sentir como você é macio, como é eternamente jovem.

- Ah, sou eternamente jovem mesmo - respondi. - Você diz coisas absurdas para alguém assim tão bonito. Vou sair. Preciso me alimentar. E quando tiver terminado, quando estiver saciado e aquecido, volto aqui para lhe contar tudo o que você quiser. - Afasfei-me dele, sentindo arrepios quando ele soltou meu cabelo. Olhei para a janela branca vazia, muito em cima para se ver as árvores.

- Eles não conseguíam ver nada verde aqui, e é primavera lá fora, primavera do sul. Dá para sentir o cheiro por entre as paredes. Quero enxergar flores só por um instante. Matar, beber sangue e ter flores.

- Não basta. Quero [...] - disse ele. - Quero fazê-lo agora e quero que você venha comigo. Não vou ficar por aí para sempre.

- Ah, bobagem, claro que vai. Acha que sou um boneco, não? Acha que sou uma gracinha e feito de cera, e você fica desde que eu fique.

- Você é mauzinho, Armand. Tem cara de anjo e fala como um bandido comum.

- Que arrogância! Pensei que você me quisesse.

- Só em determinados termos. "





~








Anne Rice


"O Vampiro Armand"

Leiam, sintam, sussurrem de dor e prazer como as vítimas de Armand :9

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Prostituta Ruiva


Ah... Como ela era teimosa, balançando a cabeça bruscamente em tom negativo e batendo os pés calçados com saltos-agulhas, mesmo escondendo algumas sardas do rosto com pó, ou estivesse cansada de passar sombra nos olhos quando várias lágrimas intrometidas já passeavam por lá. Não adianta, não adianta, não adianta. Ela não calava a boca nem um minuto, para respirar ou deixar alguém falar, ela era meio ditadora, Isabelle era tão contraditória.

Isabelle era uma daquelas garotas em que só se fala uma vez, as explicações eram para depois, as questões e as atitudes estavam sempre em primeiro lugar. Ela, cheia de gestos obscenos, palavras desbocadas, maquiagem borrada, dignidade zero, cambalhotas, pulos e pulsos. Mas acho que não se pode esperar muita dignidade de uma prostituta, não é? Mas Isabelle era diferente, não pelo seu perfume suave impregnado em sua pele mesmo depois de um bom banho quente, ou pelas suas roupas caras de homens que a presenteavam, se humilhando por ela, tampouco por suas atitudes de garoto vândalo, e nem um pouco de glamour no que falava, afinal, ela só queria sexo com preço. Ela era diferente por uma caixa, uma caixa pequena, compacta, escondida dentro dela, que ela não deixava ninguém ver ou tocar. Dentro daquela caixa poderia ter amor, ou o seu coração. Mas dentro daquela caixa tinha um sentimento muito maior.

Isabelle corava com facilidade, embora o pó nunca deixasse isso transparecer, ela não tinha uma pele muito clara, era meio parda, seus olhos de boneca de porcelana delineavam seu rosto cínico e fino, com lábios tão rosados e famintos que eu poderia jurar que ela tinha roubado de uma deusa, Vênus talvez. E ainda mais belo do que seu rosto, ou tanto quanto, eram seus cabelos, longos, que passavam uns cinco centímetros dos ombros de moça, cacheados, ruivos e fogosos, que ardiam só de olhar.

Ela vivia com luvas, luvas brancas que não eram tiradas nem nos atos sexuais de seus clientes. Afinal, o frio era mesmo necessário naquela capital. E por mais que fosse usada durante a noite, seus cachos perfeitos nunca ficavam desordenados, parecia uma peruca, mas eram tão naturais quanto seus seios adolescentes. E seu sexo soltava um odor e um aroma como se para provocar, que só podia ser sentido quando arrancavam-lhe a calcinha, ou quando lambiam seu pescoço.

Ah... e como Isabelle era doce, e não estou falando do seu jeito puro de tocar e olhar as coisas, curiosa. Estou me referindo ao seu sexo, você poderia ser o que quisesse com ela, bastava ela descobrir o que seus olhos queriam. Isabelle era uma ladra de corações, e ela nunca amou sequer algum, mas não tenho certeza disso.

E eu me tornei obcecado por Isabelle, toda vez que a procurava nas noites solitárias. E pagava o motel mais caro, e lhe mimava com vinho, e depois de alguns goles a jogava na cama com violência, e punha minhas partes íntimas para fora da calça, e tirava-lhe o sobretudo, e rasgava-lhe o vestido longo e cheio de detalhes mínimos, como se feito por um artesão, e chupava seus seios e ninhava seu corpo pequeno e pueril, e violentava seu olhar de pupila hipnotizada, e desamarrava suas botas e seu espartilho, e a fazia vociferar maldições e lamentos, e a desejava como nunca, até que sua carne me fizesse gozar espalhando por todo o seu corpo. Eu lambia-a.

Minhas costas arranhadas gritavam, meu corpo suado deitava-se ao seu lado, eu sentia seu cansaço sair e entrar pela sua respiração, eu nunca sabia se ela estava satisfeita, ela parecia imensamente insaciável. E depois adormecia, me fazendo fechar as pálpebras lentamente também, como se quisesse protegê-la de algum mal, mas eu sequer conseguia me proteger do seu encanto. Como poderia não amá-la?

Ela era tão perfeita aos meus olhos, e não me importava o quão sujo estivesse seu corpo já tão usado por outros bêbabos de Florença, não me importava o seu passado, eu só queria estar com ele para sempre. Eu estava desesperado para beber de Isabelle, Isabelle se tornou minha fonte de vida e vontade de respirar, Isabelle era tudo que preenchia a enorme cavidade no meu peitoral, ninguém via nem sentia, mas estava lá.

Acordei, e, como por hábito, ela não estava mais lá, e como por hábito eu me enroscava no lençol branco que deixava seu cheiro de lembrança para eu desejar mais do que já desejava. Esperei o dia passar, e a cada hora minha obsessão por ela ficava maior, eu ainda me sentia bêbado de prazer, queria ela, queria muito. A noite chegou.

E junto a noite trouxe a minha solidão caminhando comigo nas ruas fétidas cheias de ratazanas enormes passando perto dos meus sapatos manchados de vinho, nem lembrava mais de meu nome, lembrava apenas do nome dela. Isabelle. Um nome que parecia um beijo na minha nuca. Isabelle. E lá estava ela, se oferecendo para um homem qualquer, me deixando enfurecido.

Eu a tomei em meus braços, fazendo a gritar histéricamente. "Sebastian, o que estás fazendo? Enlouqueceste?". Enlouqueci por você. Pare com isso. Jamais vou conseguir parar. Eu a carreguei e andei com ela em cima de mim atravessando uma ponte, ela se agitava loucamente, e eu ainda estava bêbado de amor. Caímos.

Nadei até um solo frio daquela madrugada, desesperado por mim mesmo, e senti falta de algo. Não vi bolhas nem agitações na água, somente o corpo daquela bela donzela meretriz flutuando, provavelmente tinha sido nocauteada na cabeça em alguma coisa. E meu desespero se tornou ainda maior, voltando a nadar para buscar seu corpo imóvel. Ela estava respirando friamente, quase morrendo, apenas ouvindo meu choro incomodar seus ouvidos apurados. Eu sei que ela queria dizer alguma coisa, eu senti que ela poderia ter me amado, ou até mesmo me odiado. Talvez seja como eu sempre pensei, não existirá amor tão belo quanto o mistério da morte.

E morreu.













~









Black Cherry

Photo: McQueen

domingo, 7 de novembro de 2010

Siren Song


Você é minha família?
Posso ficar contigo por um instante?
Posso dormir em sua cama pela noite?

Eu poderia fazer você sorrir

Pela manhã farei um café da manhã
À noite aquecerei sua cama
E eu sempre estarei feliz em beijar você
Prometo que nunca estarei triste
Até que a sirene venha chamando, chamando

Isto está me tornando má, má

Fui uma conquistadora de corações, eu te amei
Da mesma forma que amo
Tenho tanta heresia e pecado
Meu nome é pérola
E te amarei da melhor maneira que eu conheça

Meus cachos loiros deslizam através do seu coração
E a sereia vem chamando
Não levará muito tempo
Até você fugir

Ajudo você a se vestir de forma extravagante
Dou banho em você quando sentir a dor
Serei boa, acho que eu poderia ser tudo o que você queria e mais e mais
Me orgulho quando você fascinar o maravilhoso

Ilumino seus olhos para a cidade
Digo a cada garoto que você é meu homem
Tento não deixar você desanimado
Até a sirene vir chamando, chamando

Isto está me tornando má, má

E eu te amarei da melhor maneira que eu conheça
Meus cachos loiros deslizam através do seu coração
E as estrelas estão explodindo as luzes

Não levará muito tempo até você fugir

Não levará muito tempo até você fugir

Não levará muito tempo até você fugir


Não, não levará muito tempo até você fugir










Natasha Khan [Bat For Lashes]