Solitude, darkness and love


"I don't wanna admit, but we're not gonna fit"

domingo, 5 de dezembro de 2010

As filhas de Björk


Bem, aqui estou eu novamente, esperando mais oito dias para enfim viajar e esquecer um pouco os acontecimentos dessa cidade. Viram (oi?) que coloquei várias letras de músicas ontem? Pois é, ultimamente essas várias músicas andam me resumindo bastante, e vou colocar mais e mais neste blog, talvez até todos os dias que dezembro me der. Aliás, esse dezembro está bastante amassado, papel frágil é assim mesmo. Mas talvez eu possa esquecê-lo e pegar um outro dezembro, de um papel mais grosso, mais consistente.

Acho que meu humor está um pouquinho melhor do que há uns dois dias atrás, mas ainda estou magoado por ter tomado medidas drásticas em relação a minha amiga, ex-amiga, nem sei mais o que ela é pra mim, mas enfim, se ela não entendeu, não posso fazer mais nada.

Ah, vocês não fazem ideia da vontade que eu estou consumindo pra ir viajar o quanto antes. No momento em que colocar meus pés no avião nem vou mais lembrar que nasci, cresci e vegetei em Macapá. O mais estranho disso tudo, é que um alien como eu, que tinha tanto lugar nesse mundo pra cair, caiu logo aqui. Por que meu Senhor? Por quê? Bem, não posso me lamentar, gosto de Macapá pelos meus amigos e parcialmente pela minha família. Mas também odeio o calor dos infernos daqui, tudo bem que eu gosto do sol e do dia, mas assim já é exagero...

Bom, o que quero mostrar pra vocês são algumas artistas que estou escutando bastante, e elas são simplesmente maravilhosas, aconselho vocês a escutarem com atenção. Filhas de Björk merecem MUITA atenção. Então aqui vai uma linda e vivaz matéria especial de natal pra vocês (= .

Goldfrapp
Pra quem acha que vai ouvir só mais um grupo com batidinhas eletrônicas, está hediondamente enganado. A voz inconfundível de Alison Goldfrapp e o sintetizador mágico de Will Gregory mostram que vieram pra marcar, e marcaram. Em Goldfrapp há desde influências de cabaré até o pop mais chiclete, claro, esse é um chiclete muito mais gostoso, e seu sabor dura mais. Você pode querer sentir-se insuportavelmente cheio de sex appeal com o inteligente Felt Mountain ou o devasso Black Cherry, sentir-se elétrico e trabalhado no glamour com Supernature, sentir-se bem consigo mesmo numa paz interior e um paganismo suave com Seventh Tree, ou simplesmente retrô, dançante e alegre com a música descompromissada de Head First. As facetas são várias, em Goldfrapp você pode ser o que quiser, baby. E isso com certeza ela aprendeu com a Deusa Björk.
Link para Black Cherry: http://www.4shared.com/file/sj5GMy0g/Goldfrapp_-_black_cherry.htm


Fever Ray

Vale ressaltar que a voz de Karin Dreijer não é pra qualquer um, e não, não estou sendo nada preconceituoso pra quem está acostumado às vozes normais. Karin é brilhante tanto na sua banda homônima The Knife quanto no seu alter-ego Fever Ray. Mas Fever Ray tem algo a mais que The Knife não tem, Fever Ray é muito mais intimista, soturno, e magnífico do que the knife, isso eu garanto. Beats perfeitamente trabalhados costurando obras primas em forma de músicas, notas e pautas musicais que voam, gritam, sussurram, brincam com seus ouvidos e depois se escondem nas portas de sua mente. Fever Ray é a magia em forma de som. E a influência por Björk é clara, tanto no quesito vestuário quanto artístico.


Bat For Lashes

De aparência exótica, um estilo místico e atemporal, uma voz arrebatadora, composições cheias do mais doce ápice poético, Natasha Khan, ou Bat For Lashes, é um prato cheio pra quem gosta de uma boa e bem feita música alternativa. Bat For Lashes pode ser desde a mais suave e melancólica artista com seu Fur & Gold, até a mais explosiva e ininterrupta cantora com Two Suns. Você pode escutá-la com Siren Song em algum episódio de Vampire Diaries, ter lido algo sobre ela em alguma revista indie, ser comparada à Björk no quesito música de qualidade, ou simplesmente pesquisar e baixar seus dois álbuns de estúdio, suas duas facetas misteriosas até agora.

Iamamiwhoami

Ok, apesar de ser ainda um projeto em que nada por enquanto foi revelado, não se pode deixar passar a singela Jonna Lee e sua banda musical oculta. Iamamiwhoami é uma massagem cruelmente êxtasiante com suas músicas nomeadas apenas com letras e números criptografados, e seus videos virais repletos da mais belíssima fotografia. Se Björk não influênciou esse projeto (ou banda [?]), ela com certeza tem dedo enfiado aí. Iamamiwhoami é um momento de paz e serenidade, e ao mesmo tempo um sentimento de agonia, dor e sensações esquecidas em alguma floresta de mandrágoras qualquer...

Link para o video viral "Y":http://www.4shared.com/video/ITj6gTBm/iamamiwhoami_-_y.htm

Marina + The Diamonds

Saiam da frente se não quiserem levar uma nocaute da rebelde Marina Diamandis, porque ela chegou pra fazer todo mundo gritar. Gritar de alegria, de tristeza, de entusiasmo, ansiedade. Marina + The Diamonds é uma verdadeira implosão de sentimentos, uma guerra nuclear de músicas dançantes e calorosas, outras com ataques histéricos de sensações borbulhantes, e outras simplesmente feitas para um dia de chuva. Marina é uma moça cheia de atitude, estilo, dona de uma voz potente e um futuro promissor, e é melhor saírem mesmo da frente dela, e entrar na sua balada neo-indie. O que ela tem haver com a Björk? Seus momentos repentinos de uma voz ora arrastada ora exagerada ora absurdamente forte. Kate Bush também ajudou nessa cria, com certeza ajudou.
Link para The Family Jewels: http://www.multiupload.com/OVHBDT6OIX


Florence + The Machine

Tá, eu já falei muito dela por aqui, mas eu tenho que colocar nesta pequena lista de filhas de Björk, porque as influências são claras. Considerada a nova Björk pela The Sunday Telegraph, comparada com PJ Harvey, o resultado hipotético de um dueto com Kate Bush e Björk, Florence Welch e sua The Machine arrebentam qualquer outra banda indie com sua criatividade e suas composições que estão num patamar muito maior do que qualquer um atualmente, o Florence + The Machine é o futuro da música tanto indie quanto pop, sendo que esta já até se apresentou no VMA desse ano, e ganhou o prêmio de melhor direção de Arte pelo video de Dog Days Are Over. Florence + The Machine é tudo e mais um pouco, não percam sob nenhum pretexto, a ruiva tem A Voz!

Link para Lungs: http://www.4shared.com/file/Zxgcy7jY/Florence_And_The_Machine_-_Lun.htm


Kate Bush

E por último mas não menos importante, eis a outra deusa, Kate Bush. E não, ela não é uma das filhas de Björk, ela é uma das MÃES de Björk, surgindo com seu fabuloso The Kick Inside por volta de 1978. Além de ser mãe de Björk, tem uma quantidade imensa de filhas, tais como PJ Harvey, Tori Amos, e atualmente Marina Diamandis, Florence Welch, e muitas outras. Kate Bush permanece influenciando gerações por ser uma mulher que transformou o sofrimento da sua vida em algo bom, pois é isso que artistas fazem, como diz meu amigo Louie, artistas de verdade são ostras, que absorvem tudo o que não é bom e transformam em uma linda pérola. Kate Bush é performática em seus clipes, cheios de expressão assim como sua música, mesmo que no início de sua carreira, várias gravadoras não a aceitaram por ser esquisita demais, mas ela venceu, sim, ela venceu, e está até hoje, nos seus cinquenta e poucos anos ainda conquistando muita gente por onde quer que passe. Mais de trinta anos de carreira, e um milhão de sentimentos, bons e ruins, aflorando em suas músicas e sendo sugadas por nossos ouvidos, como um beija-flor sugando o mais doce néctar de uma angiosperma, Hounds of Love que o diga...

Link para Hounds Of Love: http://www.mediafire.com/?9257acdhrywsn8c#1

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Gostaram? Espero que sim, em breve posto mais coisas sobre filhos, netos, entre outras crias dessas cantoras espetaculares pra vocês :)

Black Cherry

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