Esta é a minha oferenda,
Eu a entrego para você
Como se numa memória jamais esquecida
Como se fosse para Ísis, Osíris
Ou Atenas
Como se eu pudesse beber de teu sangue
Lamber tua alma
Morder teu pescoço manchado...
Esta é a minha oferenda
Repleta de castidade
Que, na sua penumbra célebre
Cerimonial e protegida pela minha presença
Crucificada por entre cacos de vidros
Das vitrais brilhantes, e entre ao som da minha
claustrofobia
Eu corro para o meio do rio
Corro para o meio dela
Corro pelo meio dele
...
Esta é a minha oferenda
Para você,
Inerte, decompondo-se debaixo do chão
Para você que me guardou obsessivamente dentro de ti.
~
Andrew Oliveira
ou Corona Solaris
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