Solitude, darkness and love


"I don't wanna admit, but we're not gonna fit"

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tudo o que eu queria nunca esteve aqui


Caminhando a passos largos no ar
Com uma pedra num punho
E uma pena na outra
Meio. Fim. Começo.
E não, não se pode recomeçar
Detesto isso
Tentar correr sem pernas ou fazer pegadas
sem pés
Com cacos de vidro e ossos de metal
Impregnando borboletas de pimenta
nos meus olhos
E eu tento pensar sobre isso
Eu penso demais às vezes
Quero um pouco mais.
Balas, açúcar, um show de horrores
Eu amo horrorshow
Nós somos uma bizarrice
de um circo chamado Solitude
e o apresentador se chama Carma
Carmas são baboseiras
Eu acredito no Carma
Quero quebrar os tsunamis
e quero foder aquela boca
com o meu pau
deixá-la sem dentes.
E hoje está um belo dia
Para matar ouriços do mar
com as botas de outono
beber suco de algas
E é tudo tão esplêndido
e alguma coisa
e frio
e fervente
e fracassado.
Esta noite vou
fazer aviões de papel
e cartas de depressão
Virar do vinho
pra água
Eu serei o único
que você escolherá
e nada
nunca
será
tão forte
e profundo
e doloroso
e catastrófico
e apocalíptico
e agonizante
quanto os meus olhos
que um dia estiveram cheios
de raiva e frustração
quando tiros à queima-roupa
vindos de você
Me dissiparam num império
cheio de guerreiros cansados
e sombras envergonhadas
Mas
Na
Multidão
Eu só vejo a sua armadura
sendo jogada ao ar
pela minha possessão
E eu vou te segurar até o fim.





~







Andrew Oliveira
~ E uma pitada de Lilith

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