Solitude, darkness and love
"I don't wanna admit, but we're not gonna fit"
sábado, 21 de abril de 2012
Reaction
Eu sou um pouco de cada crime que cometes
E sou um pouco dos teus detentores
Eu sou também a exceção que escondes da luz
E sou o estrondo que tuas pálpebras fazem quando se fecham
Eu quero me perder, sobre o limbo que criamos
O mundo de sombras, calor e água, que criei para me abrigar
Eu quero me ouvir, e quero me ver, e sobre a fortaleza dos teus punhos
Me diluir em desapego de nunca mais poder sonhar
E se já me perdi alguma vez, corri entre pinheiros brandos
Montanhas confusas, céus encantados, noites voluptuosas
Então devo ter encontrado, por um átimo e por um piscar de olhos
Por uma surpresa e por uma pequena vista, o teu mero movimento
E ele já disse que sim, mas que num momento depois
Deve ser por isso que não sei mais porquê
E se vou saber algum dia, se chegarei a desvendar a sensação do teu calor
Sobre a terra, sobre as folhas, espremendo nuvens, tapando sóis
Engolindo arco-íris, descansando em pássaros marinhos
Fluindo, despencando, lá no fim, fiquei cego
Contando palhetas de redemoinhos
Ou posso estar cansado demais para ir embora.
~
Black Cherry
Photografia: Cena do filme Napola
Marcadores:
Universo Particular
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Caraca, que poema lindo. Adorei demais rapaz. ^^
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