Solitude, darkness and love


"I don't wanna admit, but we're not gonna fit"

sábado, 14 de janeiro de 2012

Killing


Mata-a quantas vezes for necessário para mantê-la fraca, frágil, impotente de palavras.
Mata-a, sombra obliterada, engrandecida, ensaiada,
faz-se de fogo e vento, não saia de perto de mim, mas. Mas. Mata-a a ama.
Mata-a, destrua seus exércitos, engane seus reforços, não se desespere
Continuarei penumbra, e sou penumbra e penumbra me-faço-o-faço
Disfarço
Mata-a, não te cansa de matá-la, não, cala tua asma
Descala teu pulmão, desprega-os, separe-os, elétrico
Senso, sem o, em, o, descalça
Mata-a, violino, não me contas das vezes em que
acordaste para roubar a madrugada
debaixo do teu lençol
enquanto te masturbas
com mel e açúcar de magnólias
Em que, em que, ohh, ahh,
Em que fizeste das estrelas um ponto de fusão
ebulição da tua cegueira de cigarro
Meinspiromedormetortomegozomefode
Não faz dela tua carência
Não faz dela teu caos
Mas, ah, mas, ah, mas
Mata-a, estraçalha-a, caça-a,
caçador das praias escondidas
em fantasmas canibais
de veias verdes nas montanhas orgânicas
enevoadas com dentes lambuzados
dos ovos de uma ventania parida em chuva
Morta, sufocada em ela mesma
Mata, morta, mata, morta,
Esquece-a, arranca-a da tua memória
E volta para os meus braços
Imploro
Imploro
Imploro
Imploro
Imploro
Oro
Impar
Moro
Imploro
Ohh
Tua amnésia me dói
Eu sei
Não me esqueço de nunca me esquecer
Sai
Vá embora
Não te quero mais
E eu te quero ainda
Ainda bem que te odeio
Ah, e eu te quero mais
Quero
eu
Oh
Me leva pra casa
Me leva






~










Andrew Oliveira
Photo: Darren McDonald - "Cold After Midnight"

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