Dar-te-ei um banho de sabores
com texturas e cores
No mais áspero roçar
Água, língua do mar
Poderás tu permitir tamanho pecado?
Quando o mais sensato pulsar
De artérias e ventrículos cortados
Na badalada do sino amargurado
Libertar o maior limite do não-ser?
Cortar-te-ei com meu punhal
Feito de prata, ouro e sangue
Sem escrúpulos, tão banal
Nós jamais seremos aquela chance
Me julgue como quiser
Seja hipócrita, seja lânguido
Me lamba o quanto puder
Eu destruirei o teu ânimo
Queimar-te-ei com minhas cinzas
As poucas brasas que restam
Da minha cidade sem vindas
Quando as chuvas do luar me sequestram
Mas oh, não pense que poderei um dia
Decidir entre as vozes da melancolia
E o calor súbito do seu prazer
Eu vou te amar, apenas como se ama um bem-querer.
~
It's Cherry, bitch!
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